sábado, 27 de novembro de 2010

Metamorfose

Eu tinha beijos, afagos, preocupação
Tudo se transformava em mimos
Sentia-me um bebê, um menino
Simplicidade ainda me satisfaz
Só o tempo não rezou a nosso favor
Mas ele existe, há tempo para tudo

Um inquietante vazio me assola
Meus anseios mais efêmeros são ignorados
Não tenho o que preciso, o que mereço
São sentimentos velados pela indiferença
Sequestro de minha afeição
Gostaria que fosse como antes

A música acabou de repente
Não saiu de mim, nem brotou, continuou somente
De vez em quando ganho um minuto
Breve momento para um coração que suplica mais
Nenhum cafuné
É muito pouco

E amanhã recomeça nossa história
Eu entendo mas não acostumo
Você é assim, não tem culpa
Meu final será feliz, eu te amo
A beleza não se perdeu, mudou de forma e de canto,
Um acalanto

Alexandre Medeiros

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