segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É hora de fugir

É comum vermos por aí moças lindas, com pequenas roupas ajustadas milimetricamente aos seus corpos, com danças e poses sensuais, siliconadas, corpos redesenhados por profissionais.

É comum vermos por aí rapazes lindos, com roupas que destacam o nome da grife, corpos robustos, imponentes, com a aparência mais casual ou mais séria, a depender apenas do objetivo.

Mas...

Chegam e saem sozinhos! Empresários, Advogados, Engenheiros, Analistas, Professores, e outros mais que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso e, sozinhos! Acreditem, existem homens e mulheres contratando acompanhantes para dançarem com eles em festas, para irem a eventos de gala... paga-se pela companhia.

Sexo? Se fosse apenas isso, era facilmente resolvido.

Sexo se encontra nos jornais, na internet, nos supermercados, em qualquer lugar. A carência é de andar de mãos dadas, sentar para admirar a lua e as estrelas, dar e receber carinho, ou mesmo não fazer nada, porém juntos! Fazer você mesmo aquela comida que sabe que o outro gosta e depois saber que apenas irão dormir abraçados, sem se preocupar com mais nada. Ir a um lugar que gosta apenas por ir, sem a responsabilidade das obrigações profissionais.

Porém, hoje podemos fazer tudo, desde que não interrompa nossas prioridades. É o preço que pagamos pela evolução. Afinal, quando nos vemos como máquina fica difícil aprender a voltar, aprender a sentir, algo ao mesmo tempo tão simples e distante.

Afinal, a pergunta fica sem resposta... Por que tantos esforços em retardar o envelhecimento, fazer homens e mulheres com caras de bonecas, sem rugas e sorriso pronto?

Há quem diga que essas percepções são coisas de quem também está sozinho. Talvez seja verdade, talvez não! Mas pra encarar certas coisas de frente é preciso coragem. “Todo mundo quer um alguém para amar, geralmente é o que acontece”.

Hoje isso é julgado feio, brega... Certo que o amor nos faz parecer ridículos, meio que abobalhados. Mas o que preferimos? Ser ridículo ou ser frustrado?

É sempre bom lembrarmos que o tempo que temos é curto. Somos nós que precisamos escolher entre o “masoquista e o fugitivo”. Prefiro fugir...

Fugir pra pagar micos, pra falar o que sinto, pra demonstrar amor, pra perceber a importância de cada pessoa, ou mesmo pra perceber que aquele que passou hoje do meu lado talvez nunca mais o veja, fugir pra não deixar de encontrar um sorriso que, talvez, apenas talvez, esteja guardado pra mim!

Quem disse que pra ser adulto precisa ser ranzinza? É assim que Arnaldo Jabor questiona como reagimos às coisas simples. “Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso e rir de si mesmo por ser estabanado. O que realmente não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...”.

Por isso não tenha medo de dizer “amo você” quantas vezes sentir vontade. Não tenha medo de passar o dia esperando aquela ligação de dois minutos, que por vezes nem chega a acontecer, mas o momento da espera o faz feliz. Não tenha medo de dizer “fique comigo”. Não tenha medo de ser bobo, não se importe muito com opiniões, SEJA FELIZ!

Riccely Dutra
(Adaptado de Arnaldo Jabor)

2 comentários:

  1. ''A carência é de andar de mãos dadas, sentar para admirar a lua e as estrelas, dar e receber carinho, ou mesmo não fazer nada, porém juntos!''

    Justo. Pura verdade.

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