quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estou aqui!

Existem pessoas na nossa história que são tão fundamentais que já não conseguimos olhar pra nós sem que não nos lembremos delas! São aquelas que podem ser identificadas nos extremos: momentos de muita alegria e momentos de grande tristeza. É nessas situações que podemos encontrar o verdadeiro amor... o amor puro.

Quando você está alegre demais, quem gostaria que estivesse ao seu lado, vendo as mesmas coisas que você? Vivendo junto aquele momento de intensa felicidade? Quando você está triste demais, quem gostaria que estivesse segurando a sua mão? Ou mesmo apenas ao seu lado, com todo apoio que o silêncio pode dar?

São essas situações que conseguem revelar nossos verdadeiros amigos.

Interessante é que nunca sabemos o porquê daquele amigo, dentre tantos que passaram, ter ficado em nossas vidas. Uma sensibilidade maior, um olhar diferente, mais paciência... talvez. E como conseguimos suportar coisas nele que em ninguém mais admitiríamos? Será porque sabemos que, aconteça o que acontecer, não estaremos sozinhos, não seremos abandonados?

Aconteça o que acontecer implica dizer que não há condições para o amor. É um laço que se mantém mesmo quando não há tempo para o cultivo, embora seja necessário que o reguemos de vez em quando, pois "quando nos ausentamos muito da vida das pessoas que amamos, elas podem descobrir que conseguem viver perfeitamente sem a nossa presença” (Pe. Fábio de Melo).

E aquele “eu tô aqui viu!” Que significado majestoso tem essa frase aparentemente banal. Um desprendimento tão grande de um em função do outro, que está pronto para qualquer situação que a vida imponha ao seu amigo. Pelo lado do que precisa, mais maravilhosa se mostra. Basta imaginar o que sente quem muito precisa de ajuda e tem a certeza que as coisas podem ser resolvidas com aquela presença que é constante, que não muda, que lhe assegura estar ali.

Certa vez, quando assistia ao filme “Mary e Max: Uma Amizade Diferente”, pude perceber quão grande são as possibilidades para uma amizade surgir e se consolidar.

O filme é uma história de amizade entre duas pessoas bem diferentes: Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York.

Mary não tem amigos, é vítima de bulling, tem uma mãe alcoólatra e cleptomaníaca e um pai ausente. Max é um homem solitário que nunca soube o que é o amor. Além disso, tem uma dificuldade bastante peculiar: não consegue reconhecer sinais emocionais

Apesar de tudo isso, tornam-se amigos e como amigos que são, mostram-se capazes de ferir um ao outro. É ai que surge a expressão máxima da amizade:

"A razão pra eu te perdoar é porque você não é perfeita. Você é imperfeita e eu também. Todos os humanos são imperfeitos, até mesmo o homem do lado de fora do meu apartamento que joga lixo no chão. Quando eu era jovem eu queria ser qualquer pessoa, menos eu. O Dr. Bernard Hazelhof disse que se eu estivesse numa ilha deserta então eu teria que me acostumar com a minha própria companhia, ele disse que eu teria que aceitar a mim mesmo, meus defeitos e tudo o mais e que nós não escolhemos nossos defeitos, eles são parte de nós e nós temos que viver com eles. Mas nós podemos escolher os nossos amigos e eu fico feliz por ter escolhido você. O Dr. Hazelhof também diz que a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas. Outras, como a minha, têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro. Sua calçada é como a minha, mas provavelmente sem tantas fendas. Com esperança, um dia nossas calçadas vão se encontrar, e nós poderemos dividir uma lata de leite condensado. Você é minha melhor amiga. Você é minha única amiga.

Seu amigo de correspondência americano, Max Jerry Horowitz."

P.S.: Aconteça o que acontecer, eu estou aqui!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

TJRN anuncia concurso com 60 vagas para juiz

Logo O Tribunal de Justiça do RN vai realizar concurso público para juiz substituto. Serão 60 vagas distribuídas para todo o Estado. a informação é que o Pleno do TJ acolheu a solicitação proposta pelo presidente da Comissão do Concurso de Magistrado, Desembargador Expedito Ferreira, para a contratação da Fundação Carlos Chagas para organizar as três primeiras etapas do certame.

As regras do concurso e o programa de disciplinas ainda não estão concluídos, foi elaborado apenas um esboço do documento, já que o edital só pode ser finalizado depois que for firmado o contrato com a organizadora do certame. Ainda não foi definida a possível data para realização das provas.

A comissão do concurso é formada pelos desembargadores Expedito Ferreira, Amaury de Souza Sobrinho, os juízes Sandra Elali e Ibanez Monteiro e representante da OAB, Armando Holanda.

Fonte: http://www.jeancarlos.com.br/

domingo, 7 de agosto de 2011

Jesus Meu Deus Humano

                                  Cândido Dantas de Medeiros Neto

Não eu não vi a sua cura se cumprir
Eu não vi o seu milagre acontecer.
Nada que eu pedi a Deus aconteceu.
É...vou tentando achar o rumo por aqui
Vou reaprendendo ser sem ter você.
Descobrindo em mim o que você deixou.

Grito o seu nome desejoso de resposta
Quando vejo a mesa posta e seu lugar sem ter ninguém.
Mas nessa ausência sei que existe outra presença
Uma força que sustenta e que me faz permanecer...de pé.

É Jesus meu Deus humano... Meu Deus humano...
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade... que sofreu por seus amigos
E que esteve ao meu lado quando eu vi você partir.

É Jesus meu Deus humano... meu Deus humano
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade... que sofreu por seus amigos
E que não me abandona quando eu não sei compreender
Porque você partiu... porque você se foi
E porque o milagre não se deu como eu pedi.

Não... eu não vou perder a fé nem desistir
Foi você quem me ensinou antes de ir.
Vou vivendo assim
Conhecendo o coração que você fez pulsar em mim.

É Jesus meu Deus humano... meu Deus humano
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade... que sofreu por seus amigos
E que não me abandona quando eu não sei compreender
Porque você partiu... porque você se foi
E porque o milagre não se deu como eu pedi.


Padre Fábio de Melo

sábado, 6 de agosto de 2011

Muitas saudades do meu pai!



"... Seu Neto, o amigo, o colega, o companheiro... aquele que foi filho, irmão, tio, esposo, pai e avô cumpriu sua missão. E diria que de forma sublime e exemplar. A prova maior está no legado deixado em cada um dos que tiveram o privilégio de conhecê-lo, e, mais ainda de conviver e viver com ele. Os seus feitos, as suas lições e os seus ensinamentos refletem na educação, na humildade e na simplicidade, na grandiosidade, na formação do caráter e da personalidade, além da índole principalmente destes 03 filhos. Acredito verdadeiramente, que vocês receberam dele o que de melhor ele os poderia ter dado, em meio às suas limitações comuns e presentes em todo e qualquer ser humano. E eis a grande herança: os orientou e os ensinou a trilharem por caminhos retos. Contribuiu significativamente para que os tonassem verdadeiros cristãos ..."


Por ÝkaroCampêlo.(Sábado,  30/07/2011 – 15.46h)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Outonos e Primaveras…

“Primavera é tempo de ressurreição. A vida cumpre o ofício de florescer ao seu tempo. O que hoje está revestido de cores precisou passar pelo silêncio das sombras. A vida não é por acaso. Ela é fruto do processo que a encaminha sem pressa e sem atropelos a um destino que não finda, porque é ciclo que a faz continuar em insondáveis movimentos de vida e morte. O florido sobre a terra não é acontecimento sem precedências. Antes da flor, a morte da semente, o suspiro dissonante de quem se desprende do que é para ser revestido de outras grandezas. O que hoje vejo e reconheço belo é apenas uma parte do processo. O que eu não pude ver é o que sustenta a beleza.

A arte de morrer em silêncio é atributo que pertence às sementes. A dureza do chão não permite que os nossos olhos alcancem o acontecimento. Antes de ser flor, a primavera é chão escuro de sombras, vida se entregando ao dialético movimento de uma morte anunciada, cumprida em partes.

A primavera só pode ser o que é porque o outono lhe embalou em seus braços. Outono é o tempo em que as sementes deitam sobre a terra seus destinos de fecundidade. É o tempo em que à morte se entregam, esperançosas de ressurreição. Outono é a maternidade das floradas, dos cantos das cigarras e dos assovios dos ventos. Outono é a preparação das aquarelas, dos trabalhos silenciosos que não causam alardes, mas que mais tarde serão fundamentais para o sustento da beleza que há de vir.

São as estações do tempo. São as estações da vida.

Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos em nossa carne humana os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante sacrifícios que nos faz abraçar o silêncio das sombras...

Destino de florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras...

Floresçamos.”

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PA100025

Cândido Dantas de Medeiros Neto

01.01.1944 – 30.07.2011