sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ingratidão

Às vezes, não muito raro, te desconheço
Derruba meu mundo num lapso de segundo
Tudo se desconstrói, um tudo que vira nada
Você não derruba, o mundo por um instante se acaba
Meu apreço, afeição, atenção que não tem preço, é só amor
Parece não ter valor, um desamor, eu não mereço

Faço o que posso!
Meus limites não permitem ir além, só quero o bem
Fora de si, entorpecido por súbitos de insegurança barata
Você me maltrata, me fecho em dilemas angustiantes
Todos sofrem, você sofre, atitude ingrata
Eu não mereço

Como uma folha seca caída ao chão, não vejo mais sentido
Meu coração é lentamente rasgado
É uma erosão que rompe o chão desprotegido
Mas eu tenho proteção, você não é assim!
Não percebe, não quer ver que amanha pode ser tarde,
Talvez nem espere, eu não mereço

Alexandre Medeiros

Um comentário:

  1. Belíssimo texto, apesar de relatar algo doloroso, é muito verdadeiro e mostra sua sensibilidade com as palavras, continue meu amigo, quero sempre ter coisas de qualidade pra ler vindas de vc!

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