terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Minha dor

                                                   Foto: Google


Ah se conseguisse expressar o que sinto!
O que provoca tanto clamor
Meu peito em carne viva bate triste, quase para
Ando perdido, sem sentido, andarilho sem rumo
Se não suportar desisto, me castigo, eu sumo

Acorrentado a motivos que desconheço
Busco algo de belo e não encontro
Estou refém do próprio amor
Tudo está dolorido por dentro
No cativeiro, banhado em sangue, grito de dor

A noite não acaba, tudo é escuridão
Procuro um alívio, só me vem o sofrimento
Busco um canto, não há melodia
Só me resta o caos, maldito tormento
Queria chorar pela última vez

Será que esse é o preço?
Não existe cor, não há palavras, nenhuma flor
O pranto é tudo que resta em mim
Suplico um alívio, só penso em desistir
Perdi tudo, no meu vazio coloco um fim


Alexandre Medeiros




Um comentário:

  1. Belíssimas palavras! Como em todas as outras poesias com as quais nos presenteou, quase é possível ver os sentimentos que transbordam dela. Mais um motivo para te admirar. Plagiando Renato Russo: Força Sempre!!

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