sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Não tenho mais


                                                 Foto: Google

Como me sinto?
A angústia mais uma vez se apossou de mim
Os versos já não rimam
O sol já não brilha, aparece fugaz
Nada tem sentido
Nebuloso, meu mundo jaz

Onde está meu prazer?
Tento me enganar
Sensação momentânea que a dor foi embora
As lágrimas teimam
Molham o abismo em que me encontro
Clamo à esperança que também não me abandone

Onde esta minha alegria?
Sou levado a lugares sombrios
Tento superar essa enfermidade
E o sofrimento inflamado não cicatriza
Sufocado pela dor tenho medo, muito medo
Tudo lá fora segue

Vai passar, até a vida
Momentos de fracasso viram rotina
Imploro o fim dessa fúnebre história
Não quero falar, olhar, ouvir... Só fugir
Acabou meu fôlego
Cadê minha força?            

Alexandre Medeiros

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