terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Avesso

                                                   Foto: Google

Esforço-me para entender o contrário
Não são devaneios, são tentativas de compreender diferentes faces
Superar o óbvio, desatrelar a mente
Experimentar o que o coração não sente

Sem interferência
Vejo beleza na flor despedaçada no chão
Fecunda em si mesma
Ela cumpriu seu papel, virá o fruto

Motivo-me com os ramos secos da caatinga
A resistência aflora
Uma primaz gota d’água resolve
Desmente a ideia de morte

Desejo sabores exóticos, quiçá os esquecidos
Repudio minha visão tendenciosa
Sempre ligada à ideia do belo
Preciso entender o oposto meu

Alexandre Medeiros

2 comentários:

  1. Alexandre!!! Bom te "ler" novamente! rsrsrs Nem preciso dizer que, mais uma vez, emocionou-me com suas palavras! Beijão!

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