sábado, 2 de julho de 2011

Errantes

                                                    Foto: Google imagens

Pudera eu um dia
Destruir o mal que há em ti
Tornar estéril a intolerância
Exilar os algozes
Seria melhor nem tê-los!


Como um vagabundo
És quem se embriaga em pensamentos amargos
Assassinas a verdade, ultrajas o bom senso
Propagas o ópio aos cinco cantos
E, ao longe, sentencias o inocente de perto


És tu o anjo sorridente que caiu
E como um sincero amigo, conta-me segredos
Nega-se nas próprias afirmações
Malditos boatos


Sinto-me agora impotente
Querendo lavar a nodoa de tua mente                         
Que te consome faminta
Cultivas espinhos
Contemplas o céu pálido em nuvens
Pobres alegrias, pobre sentimento!


Tragado pela fadiga
Proponho uma troca
A ti deixo o meu legado
Tu se desfazes dessas mortas horas
Não é troca, não as quero para mim
Um dia verás que vale a pena


Mais alguém sofre, outro alguém magoa
O erro também está no fato de querer arrancar o mal de ti
Mas este, muito mais me agrada
Prossigo em meu caminho dolente
Como eu erro!       


Alexandre Medeiros

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