domingo, 12 de junho de 2011

Também sou eu

                                                       Foto: Google

Apenas quem desconhece não me entende
Ainda não experimentou o enorme desafio que me segue
Agonia revestida de alegria
Pedaço de um fardo bem pesado
Leve e fiel como minha sombra
Forte como o amor, bramido de uma dor

Às vezes, encontro-me perdido
Não consigo formar frases
Não descubro coisas novas
Nego um afago
Calo-me em pensamentos insanos
Não me entendo

Casto de maldade, eu resisto!
Prefiro que não esperem sempre o melhor de mim
Um arcabouço de fantasias
Uma insígnia sem defeitos
Não seria eu, nem existiria

Não sou maduro ainda
A solidão também é minha companhia
Quem não anda sozinho?
Que não erra, quem nunca falha
Impossível me compreender

Julgamentos já me feriram
Aprendi com eles a conversar com a solidão
Desisti de tentar explicar
Além de mim mesmo, não importa a mais ninguém
Só quero me entender
Não me resumo a uma definição.

Alexandre Medeiros

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